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Governo Milei terá ministros da Economia e da Segurança da época de Macri


Nesta quinta-feira, quatro dias após ter sido eleito com mais de 55% dos votos, a equipe do economista Javier Milei confirmou que Luis Caputo será o ministro da Economia. Caputo foi ministro de Finanças no governo do ex-presidente Mauricio Macri, conselheiro e aliado de Milei na disputa eleitoral e agora também na transição presidencial. A definição sobre o nome do ministro da Economia era um dos anúncios mais esperados no país e no exterior diante da grave crise econômica e financeira do país.

No Banco Central, que seria ‘dinamitado’ por Milei (caso a promessa de campanha seja mantida) surgiu o primeiro imprevisto para o presidente eleito. Milei desistiu, nesta quinta-feira, do nome que estava cotado para presidir a entidade monetária (Emilio Ocampo) e para o lugar designou Damian Reidel, que também trabalhou no governo Macri como o vice na gestão do economista Federico Sturzenegger no Banco Central da República Argentina (BCRA). Nos dois casos (Ministério da Economia e BCRA) está clara a influência do macrismo. Ao mesmo tempo, em diferentes entrevistas nesta semana, Milei confirmou que seu plano de polarizar a economia não será imediato e deverá durar pelo menos dois anos para chegar a ser implementado.

A ex-candidata presidencial e ex-ministra de Segurança do governo Macri, Patricia Bullrich, que tinha dito que não esperava cargo em troca do apoio ao presidente eleito, voltará à pasta da Segurança. A segurança e a inflação estão entre as maiores preocupações dos argentinos.

Milei já anunciou que vai privatizar a petrolífera YPF (o Estado tem 51% das ações e a empresa já foi estatal, privada e voltou a ser estatizada), além da empresa de águas e dos trens, entre outros. «Vamos privatizar tudo o que seja possível», disse. Milei também afirmou que a companhia aérea Aerolíneas Argentinas deverá passar a ser administrada pelos próprios trabalhadores, após um ano de apoio financeiro do Estado. A declaração de Milei gerou fortes críticas dos representantes dos trabalhadores da empresa. Milei disse que pretende cortar de forma rápida cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PBI). Para isso, acabará também com as obras públicas. Até aqui, os economistas e analistas políticos estão divididos entre o apoio aos seus anúncios e a cautela, por temor que o ajuste acabe gerando forte recessão.

Nesta semana, Milei conversou com o Papa Francisco, a quem tinha chamado de ‘maligno’ na campanha, e passou a dizer que o respeita e que sabe que ele é o ‘pai espiritual’ de grande parte da população argentina, adepta do catolicismo. Ele também conversou com o presidente da China, Xi Jinping, depois de dizer na campanha que não teria relação com pais comunista. Milei ainda conversou com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o convidou para a posse no dia 10 de dezembro. Fica pendente ainda o diálogo com o presidente Lula, depois que ele o chamou de «corrupto», durante a campanha. Em uma entrevista nesta semana ele disse que sabe da importância do Brasil e disse que «se o presidente Lula quiser vir» (à posse) será bem-vindo. No governo brasileiro, porém, é mantida a palavra do ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, de que primeiro Milei deveria pedir desculpas ao Chefe de Estado brasileiro.


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